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Exposição Tecido Social

Julie Silva e Gabriela Buffon

Curadoria de Juliana Crispe

 

Galeria Mauro Caelum

Casa de Cultura Dide Brandão

Itajaí/SC

2024

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A exposição Tecido Social de Gabriela Buffon e Julie Silva propõe uma reflexão acerca da natureza dos vínculos sociais. As sociedades são, antes de mais nada, um circuito de afetos. Isso significa que as sociedades têm, na sua circulação de afetos, a base da constituição dos vínculos sociais, políticos e ideológicos. Somos sujeitos que entram nos vínculos sociais corporificados - isso significa que nós nos deixamos afetar de certas formas e evitamos ser afetados de outras formas. Tentamos enquanto indivíduos controlar os modos de afecção dando visibilidade e a urgência dos fatos políticos também como seres coletivos.
Nessa exposição há um embate a respeito do que os afetos trazem no seu interior. Porque a maneira como somos afetados pelas lutas, desejos de mudança é socialmente constituída de sensibilidade, de formas de vidas que pela experiência histórica nos faz acreditar no poder do movimento pelos corpos, na relação indivíduo-coletivo, que tecem a nossa sociedade.​

Nossas bandeiras são acionadas pelas vozes que desejam justiças, movimentos igualitários, a instauração política é indissociável de um processo de incorporação da sociedade. Não há experiência política sem alguma forma de incorporação e de Luta. Incorporações orgânicas, unitárias, identitárias. Política nunca foi, nunca será, nunca é um espaço desincorporado.

Assim o Tecido Social é uma bandeira ambivalente, de desconstrução e construção, de fragilidade mas também de espaço que recompõem forças que se erguem pelos movimentos de coletividade, pelas tramas das relações. Na medida que a exposição fala sobre desindividuação¹, ela nos faz observar a potência que está no agir, da visão ético-política dos circuitos, sair da dialética para ir na prática, o que pode um corpo em encontro com outros corpos. Corpos-manifestos, corpos-territórios, corpos-enfrentantes dos sistemas que insistem em nos padronizar e nos colocar em uma sociedade espetacular.

¹ Desindividuação: retirar a individualidade do sujeito, minimiza oportunidades de destacar diferenças individuais, salientando o aspecto grupal das situações.

Texto de Juliana Crispe

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A exposição Tecido Social, de Gabriela Buffon e Julie Silva, com curadoria de Juliana Crispe, exibida na Galeria Mauro Caelum, na Casa da Cultura Dide Brandão entre 12 de setembro à 01 de outubro, foi contemplada no edital de Ocupação das Galerias de Itajaí de 2024, com apoio da Universidade do Estado de Santa Catarina.

Com proposta de abrir um diálogo sobre a natureza dos vínculos sociais e a necessidade de mudança coletiva, a mostra contou com 23 trabalhos entre eles fotografias, publicações, vídeos, instalações e gravuras. Bandeiras que documentam movimentos sociais mostram a sociedade como uma trama de relações, tecendo-a a partir da relação indivíduo-coletivo. Tecido Social traz diversos elementos que nos fazem pensar sobre a sociedade como um circuito de afetos e observar a potência que está no agir em coletivo.

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